Dalton Trevisan lança seu 46º livro – O Beijo na Nuca
Sim, caro(a) leitor(a), é exatamente isso que você está pensando: o Vampiro de Curitiba está de volta. E, como sempre, sem dar as caras, discreto e surpreendente (e eu achando que não havia mais produção literária por detrás das janelas fechadas da casa de esquina na Ubaldino do Amaral...).
O jornalista Daniel Zanella realizou uma não-entrevista com o escritor, publicada na edição de hoje da Gazeta do Povo. Ainda não deu tempo de ler o livro, que traz uma coletânea de 48 contos, mas pelas perguntas-respostas da entrevista, dá pra se ter uma ideia do que poderemos encontrar pela frente. Segue abaixo a íntegra:
DZ: Dalton, Curitiba surge em suas linhas como uma cidade de linguagem escura, como se aqui fosse até difícil chorar. Como faremos para nos libertar de nossa própria escuridão se até nosso principal escritor fulgura as trevas?
DT: ...
DZ: O Beijo na Nuca parece discutir as formas modernas do mal, embora não nos entregue uma cartilha de entendimento. Você acredita que escrever na extremidade dos horrores cotidianos não revela nossa ignorância sobre tudo?
DT: ...
DZ: Os labirintos de seus contos dizem mais do que a superfície de suas ruas, esquinas e becos. Pensas que até para ser vampiro em Curitiba é preciso criar o próprio labirinto e recusar quase completamente a existência?
DT: ...
DZ: A condição erótica ainda é o condutor invisível de O Beijo na Nuca. Entretanto, ela aparece numa intensidade menor, como a dizer que o sexo e o amor já não precisam ser denominados, intrínsecos ao nosso fardo. Ou será que estamos diante de um autor mais contemplativo e cronista?
DT: ...
DZ: Como não podia deixar de se perguntar sempre que estamos diante de um novo livro seu, irá ao lançamento? Negará até o fim os grupos culturais e a vida dentro da maçonaria literária? Nem mesmo no dia de morrer e, como você diz, ficar cego de tanta estrela?
DT: ...