domingo de Páscoa

E no sétimo dia Deus descansou. Que beleza! Não fosse Ele, talvez não arrumássemos a plausível justificativa de dedicarmos o primeiro dia da semana à reposição de energias. Invertemos a lógica do cansaço e convencionamos descansar antes mesmo de trabalhar.

Obviamente que se trata apenas de um jogo de palavras. Domingo (dies Dominicus) significa "dia do Senhor" e alguns povos pagãos antigos, por exemplo, dedicavam este dia para reverenciar o deus Sol. Isso explica o motivo da palavra "Sunday" ser tão importante para o vocabulário inglês. 

Não fosse a Páscoa, o dia de hoje continuaria sendo sagrado. Portanto, reverenciemos nossos deuses, sejam eles quais forem! 

31/março-2013

os pássaros

Não há ninguém em minha frente; acima, só céu. Que bom seria se pudéssemos voar e sentir o vento no rosto, livremente, como e junto aos pássaros. Diga-se de passagem, eles são seres invejáveis e São Francisco de Assis descobriu isso há muito tempo.

Lembro-me de alguém descrever, arrependido, sua falsa experiência de liberdade ou, ainda, de quase ida a um caminho sem volta. "E àqueles que precisam de mim?", dizia ele. O caso era tão grave que, de lá pra cá (ou daqui pra lá), resolvi manter os pés no chão e respirar, para tudo e para todos. Impulsão? Não mais. 

Vontade, mesmo, é como a gente: um dia vem, no outro vai. Ouso dizer que o sentido da liberdade não reside no fato de acelerarmos sem medida; mas sim no de podermos olhar no retrovisor e apreciar lentamente a cidade que se afasta... e a chuva que se aproxima.

28/março-2013

passageiro

Sempre que encontro um conterrâneo em terras desconhecidas, sou tomado por um sentimento de pertença ou, ainda, pelo alívio de não ser o único diferente nesses lugares. No fundo, talvez eu queira me reconhecer no outro.

Quem nunca abaixou o vidro (quando a placa do carro da frente parece indicar uma proximidade) ou sentiu vontade de gritar algo peculiar da cidade dos dois, só para que o outro perceba que está sendo visto? Pois é, não precisa ter intimidade; guarapuavano a gente conhece pelo jeito de andar. 

E assim, num misto de felicidade pelo encontro e tristeza pela partida, quando cada um deve continuar seu caminho, a aparente velha amizade encerra o diálogo com um tapinha nas costas e presença marcada da profecia que nunca se realiza: "nos vemos em Guarapuava", ou em qualquer outro lugar. 

25/março-2013

uma história da psicologia no Paraná

Abaixo, minha breve participação no documentário sobre uma das tantas histórias da Psicologia no Paraná. Dirigido pelo Psicólogo Tonio Luna, o documentário é uma produção do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (XI Plenário).

06/março-2013