terça-feira, 22 de setembro de 2015

primavera

Fazendo jus ao início da nova estação, na doce voz da Fernanda Takai, uma das mais sinceras versões daquela que se tornou um clássico da música brasileira:


P o r q u e   é   p r i m a v e r a   (te amo)!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

pra ouvir melhor, melhor apagar a luz

Sempre que preciso escrever, travo. E é por isso que me dou ao luxo de vir aqui somente quando não sou obrigado a fazê-lo (coisas de neuróticos, não liguem). Esta precisão está muito mais ligada à necessidade, à obrigação e à pressão do que propriamente a excelência ou a perfeição. É que quando se tem que fazer apenas por fazer, sabe como é... 

Melhor deixar que as coisas fluam naturalmente. Pode ser que o produto não tenha a mesma qualidade daquele que foi preparado, pesquisado, planejado e executado rigorosamente, mas ao menos no final parecerá mais verdadeiro - e vez ou outra faz bem ser justo com você mesmo.

Saber sobre seu processo criativo/produtivo é o primeiro passo para colocá-lo a prova. Lembro-me de uma atividade que a professora do curso de História pediu que fizéssemos em sala de aula, no melhor estilo cara, coragem e tinta de caneta (sim, naquela época ainda existiam canetas). Pedi a ela que me liberasse para executá-la no laboratório de informática, mas não porque necessariamente usaria dos computadores (nem eram tão bons assim, universidade pública, linux...), mas porque necessitava, sim, de silêncio. Um silêncio preciso, urgente e perfeito.

Pode ser que eu não tenha me comunicado como deveria. Pode ser que tenha imperado a lógica de uma sociedade funcional. O fato é que meu pedido foi negado e ela recebeu apenas uma rosa, quando poderia ter recebido um jardim.

Calvin & Haroldo, do Bill Watterson 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

você sabe com quem está falando?


Volta e meia recorro ao trecho da palestra do professor Mário Sérgio Cortella para poder me localizar no mundo. O vídeo tem mais de um milhão de visualizações no youtube e a reflexão também está presente no livro Qual é a tua obra?, do mesmo escritor, publicado pela editora Vozes.

Nada mal assistir de vez em quando, sobretudo quando somos bombardeados por imagens de crianças sendo devolvidas pelo mar aos homens, porque em algum momento alguém incorporou aquela clássica frase das carteiradas que rolam soltas por aí. 

Não fosse por isso e por ser paranaense, eu continuaria achando o professor Mário Sérgio um cara legal. 

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Talvez seja essa identificação geográfica que tem me levado a procurar escritores aqui do sul. Foi assim com Érico Veríssimo, em Olhai os lírios do campo e com Cristóvão Tezza, em Uma noite em Curitiba - últimos dois livros que li. 

Coincidência ou não, os protagonistas de cada obra vivem conflitos existenciais: o médico Eugênio, que procura encontrar um sentido pra vida e para o amor; e o bem sucedido professor Rennon, que abandona a carreira de docente de História na UFPR pra viver um grande amor, procurando na vida um sentido. 

E sim, não fosse por tudo isso ou por serem aqui do sul, eu continuaria achando Érico Veríssimo e Cristóvão Tezza dois caras legais.