Músicas, melodias e letras, com raras exceções, compõem a trilha sonora de minha vida somente quando sou apenas mais um ponto brilhoso no calor metálico do trânsito curitibano: isto se, ainda, o tempo e a coincidência permitirem que estas emerjam de além-mar nos intervalos dos noticiários. Em casa, meu violão hoje serve de objeto de decoração e está longe de ser o instrumento que um dia me foi...
É preciso recarregar, reinventar, reiniciar, reabastecer. Partindo dessa premissa, por lapso ou ventura, retornamos ao nosso ponto de origem e/ou à ponte que construímos.
E aí nos debruçamos sobre ele/ela porque, simplesmente, o prazer nos justifica em fazê-lo.
que susto eu levei quando olhei no espelho
- caralho, como estou ficando velho!
ainda bem que ela está comigo,
cada vez mais bela, cada vez mais velha,
cada vez mais linda, agora mais ainda, cada vez mais...
(segura a onda, DG)
combustível na reserva
troco a erva do chimarrão
não tá morto quem peleia, tchê
game over ainda não
(recarga)
um fake com meu nome
um clone delirante
mal sabe o coitado
que um só já é o bastante
(sua graça)
pra matear alí, solito,
gosto amargo da distância
até que a vida nos separe
da nossa humilde arrogância
(milonga do xeque-mate)
sem pressa e pra sempre, boca e braços
distante de amantes, beijos e abraços
prenda minha, foi bom te encontrar
(essas vidas da gente)
Insular. Não necessariamente nesta ordem, mas todas do mesmo autor/cantor. Por falar nisso... aquele escreve é o mesmo que interpreta? Vai saber.