quinta-feira, 28 de março de 2013

os pássaros

Não há ninguém em minha frente; acima, só céu. Que bom seria se pudéssemos voar e sentir o vento no rosto, livremente, como e junto aos pássaros. Diga-se de passagem, eles são seres invejáveis e São Francisco de Assis descobriu isso há muito tempo.

Lembro-me de alguém descrever, arrependido, sua falsa experiência de liberdade ou, ainda, de quase ida a um caminho sem volta. "E àqueles que precisam de mim?", dizia ele. O caso era tão grave que, de lá pra cá (ou daqui pra lá), resolvi manter os pés no chão e respirar, para tudo e para todos. Impulsão? Não mais. 

Vontade, mesmo, é como a gente: um dia vem, no outro vai. Ouso dizer que o sentido da liberdade não reside no fato de acelerarmos sem medida; mas sim no de podermos olhar no retrovisor e apreciar lentamente a cidade que se afasta... e a chuva que se aproxima.

28/março-2013

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