Suponho que nós todos tenhamos um pouco dos Buendía, Arcádios, Aurelianos, Úrsulas, Amarantas e Rebecas. Nossas histórias, eu suponho, acontecem e se repetem numa aldeia mágica e fantasiosa que se chama Via Láctea, mas de razão social Macondo.
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Suponho que essa louca viagem implica sentir a translada pelo caminho. Suponho, então, que os doces servidos ao cabo da festa não são àquilo (ou àqueles) que nós, convidados, mais aguardamos.
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Suponho que sofremos duplamente quando nos tornamos expectadores de nossas próprias dores. Quaisquer que sejam os nossos ritos, os de passagem nos fazem sentir mais e mais, ora por eles vivenciados, ora por eles revisitados.
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Suponho que o uso regular de meus óculos de grau me permitiria experimentar sonhos mais vívidos e bonitos, mesmo que os encobertos movimentos de meus olhos se tornassem cada vez mais rápidos com o passar do tempo, chegando ao extremo de serem confundidos com aflição.
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Suponho que já passam das 22 horas e, já que as manifestações acabaram, a taça de vinho me representa.
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Suponho que preciso encerrar minhas suposições, mesmo que elas se incrementem, se integrem ou se extingam nos comentários dos bravos e valentes leitores que supostamente chegaram até este ponto final.
05/agosto-2013
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