Galinha que se preza não utiliza o pescoço apenas para equilibrar a cabeça. Sua motricidade fina tem que ter, também, um quê de sedução para que se torne de verdade uma galinha plena, de bico, pena e tudo mais.
Não menos importante, seus ossos pneumáticos já lhe tornariam curiosa por ofício. Na prática o adjetivo não serve pra muita coisa, mas na técnica envaidece quem se atreve a soletrá-lo: p-n-e-u-m-á-t-i-c-o-s.
As galinhas, convenhamos, são seres de outro planeta, que possuem visão independente, filtram espectros ultravioletas e, pelo princípio do atavismo, podem ter dentes outra vez.
E, ao cabo de tudo isso, incrédulo, você ainda me pergunta – e daí? E daí nada, ora ovos!
03/junho-2013
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