quarta-feira, 8 de maio de 2013

o amor é hipotalâmico

Acordava mais cedo para ir à aula, trocava e-mails com os professores, devorava e decorava os livros, assistia documentários, produzia resenhas, publicava artigos relevantes. Buscava incansavelmente o ponto comum das disciplinas, sem nunca desconsiderar as particularidades de cada uma. 

Foi aluna exemplar até metade do curso, quando, mais calada do que nunca, reconheceu decepcionada o caráter hipotalâmico do amor. No fundo, queria encontrá-lo em sua essência: abriu mão da Psicologia e desistiu de saber das almas e corações; virou neurocirurgiã.

07/maio-2013

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